Uma Caixinha de Lembranças - A Síndrome de Amelie Poulain
Amelie Poulain (2001), em uma de suas descobertas pelo mundo da solidão, encontra uma caixinha enferrujada lotada de recordações e sentimentos, escondida no assoalho velho de seu apartamento. Amelie parte então numa busca pelo dono de tal tesouro simbólico. A empreitada torna-se uma aventura que motiva Amelie a acreditar na existência da felicidade, visto que entregar a caixinha de lembranças ao dono representa a certeza de fazer o certo e agir bem. O interesse pelo desconhecido e o gosto pelo mistério que rodeia essas pequenas coisas, desencadeia em Amelie a possibilidade de alcançar o belo no real. A caixinha é metáfora de vida e beleza pois é nela que a fantasia e a realidade se esbarram, experimentar o segredo de uma caixinha é experimentar a poesia... De uma beleza natural, capaz de armazenar e proteger segredos e recordações, a caixinha de lembranças pode contar a história de uma vida? E você, o que faria se encontrasse uma caixinha de recordações?
Baseada na experiência de descobertas de Amelie Poulain, personagem criada pelo cineasta Jean-Pierre Jeunet, me disponho a uma nova aventura: enviarei uma caixinha de lembranças contendo recordações importantes e valiosas para uma amiga que está morando na Espanha. Poderia ter escolhido alguém a revelia, um desconhecido, mas como tentativa primeira vou enviá-la a alguém conhecido. Qual será a reação de um amigo distante ao receber uma caixa de tesouros emocionais?
Partindo do Brasil está minha caixinha de lembranças. Endereçada a Manoela Chiabai, na Calle Santa Engracia 123 piso 7i (izquierda), Madrid, Madrid, Espanha, 28003.
